Do Meu Porto
Ao caro amigo M. Quintão
Viajor vacilante e extenuado,
Depois de atravessar a sombra imensa,
Encontrei o país abençoado
Onde vive a celeste recompensa.
Adeus mágoas da noite estranha e densa,
Das angústias e sonhos do passado,
Não conservo senão o Amor e a Crença,
Ante o novo caminho ilimitado.
É doce descançar após a lida,
Banhar o coração na luz da vida,
Rememorando as dores que passaram...
E dos quadros risonhos do meu porto,
Rogo a Jesus conceda reconforto
Aos corações amados que ficaram!
ALBÉRICO LOBO