sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Parnaso de Além-Túmulo : Sinos
SINOS
Escuto ainda a voz dos campanários
entre aroma de rosas e açucenas,
Enchendo as grandes vastidões serenas...
E seguindo outros seres solitários,
Retomo velhos quadros, velhas cenas,
Rezando as orações dos Septenários,
Dos Ofícios, dos Terços, das Novenas...
A morte que nos salva não nos priva
De ir ao pé de um sacrário abandonado,
Chorar, como inda faz a alma cativa!
Ó sinos dolorosos e plangentes,
Cantai, como cantáveis no passado,
Dizendo a mesma Fé que salva os crentes!...
ALPHONSUS DE GUIMARAENS