segunda-feira, 2 de julho de 2012

Parnaso de Além Túmulo - Do Último Dia


Do Último Dia

O homem, no último dia, abatido em seu horto,
Sente o extremo pavor que a morte lhe revela;
Seu coração é um mar que se apruma e encapela,
No pungente estertor do peito quase morto.

Tudo o que era vaidade, agora é desconforto.
Toda a nau da ilusão se detroça e enfacela
Sob as ondas fatais da indômita procela,
Do pobre coração, que é naufrágo sem porto.

Somente o que venceu nesse mundo mesquinho,
Consevando Jesus por verdade e caminho,
Rompre a treva do abismo enganoso e perverso!

Onde vais, homem vão? Cala em ti todo alarde,
Foge dessa tormenta antes que seja tarde:
Só Jesus tem nas mãos o farol do Universo.



                                                              ALBERTO DE OLIVEIRA