segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Vida e Sexo - Ambiente Doméstico


4. AMBIENTE DOMÉSTICO
Freqüentemente,  o  Espírito  renasce  no  mesmo  meio  em  que  já  viveu,
estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes
haja feito. Se reconhecesse nelas os  a quem odiara, quiçá o ódio lhe despertaria outra
vez  no  íntimo.  De  todo  modo,  ele sentiria  humilhado  em  presença  daquelas  a  quem
houvesse ofendido. Do item 11, no Cap. V, de "o Evangelho Segundo o Espiritismo" Na
comunhão  de  dois seres  para a  organização da  família,  prevalece  o  compromisso  de
assistência  não  só de  um  para  com  o outro,  mas  também  para  com  os  filhos  que
procedem  do  laço  afetivo.  Não possuímos  ainda  na  Terra  institutos  destinados  à
preparação da  paternidade e da  maternidade  responsáveis.  A  evolução  e  o
aprimoramento das  ciências  psicológicas  de  hoje,  porém,  garantir-nos-ão  no  futuro
semelhante evento.  Identifiquemos  no  lar  a  escola  viva  da  alma.  O  Espírito,  quando
retorna ao Plano Físico, vê nos pais as primeiras imagens de Deus e da Vida. Na tépida
estrutura  do  ninho  doméstico,  germinam-lhe  no  ser  os  primeiros  pensamentos  e as
primeiras  esperanças. Não lhe será,  contudo, tão fácil seguir  adiante  com os ideais da
meninice, de vez que, habitualmente, a equipe familiar se aglutina segundo os desastres
sentimentais das  existências passadas, debitando-se-lhe  aos  componentes os distúrbios
da afeição possessiva,  a se traduzirem  por ternura  descontrolada e ódio manifesto ou
simpatia e aversão simultâneas. Pais imaturos, do ponto de vista espiritual, comumente
se  infantilizam,  no  tempo  exato  do  trabalho  mais  grave  que  lhes  compete,  no  setor
educativo,  e,  ao invés  de  guiarem  os  pequeninos  com segurança  para o  êxito  em seu
novo desenvolvimento no  estágio da reencarnação,  embaraçam-lhes os problemas, ora
tratando  as  crianças  como  se  fossem  adultos  ou  tratando  os  filhos  adultos  como  se
fossem crianças.

Estabelecido  o desequilíbrio,  irrompem  os  conflitos  de ciúme  e  rebeldia,
narcisismo e crueldade, que asfixiam as plantas da compreensão e da alegria na gleba
caseira, transformando-a em espinheiral magnético de vibrações contraditórias, no qual
os enigmas emocionais, trazidos do pretérito, adquirem feição quase insolúvel. Decorre
daí a importância dos conhecimentos alusivos à reencarnação, nas bases da família, com
pleno exercício da lei do amor nos recessos do lar, para que o lar não se converta, de
bendita  escola  que  é,  em  pouso neurótico,  albergando moléstias mentais  dificilmente
reversíveis.